sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Nossa dignidade não é objeto de negociação


LEIAM E MEDITEM
Primeiro dia de aula, o professor de 'Introdução ao Estudo do Direito' entrou na sala e a primeira coisa que fez foi perguntar o nome a um aluno que estava sentado na primeira fila:
- Qual é o seu nome?
- Me chamo Nelson, Senhor.
- Saia de minha aula e não volte nunca mais! - gritou o desagradável professor.
Nelson estava desconcertado. Quando voltou a si, levantou-se rapidamente, recolheu suas coisas e saiu da sala.
Todos ficaram perplexos e indignados com a atitude do professor, porém ninguém falou nada.

- Agora sim! - vamos começar .
- Para que servem as leis? Perguntou o professor - perplexos e assustados ainda os alunos, porém pouco a pouco começaram a responder:
- Para que haja uma ordem em nossa sociedade senhor.
- Não! - respondia o professor.
- Para cumpri-las.
- Não!
- Para que as pessoas erradas paguem por seus atos.
- Não!
- Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?!
- Para que haja justiça - falou timidamente uma aluna.
- Até que enfim! É isso, para que haja justiça.
E agora, para que serve a justiça?
Todos começaram a ficar incomodados pela atitude tão grosseira.
Porém, seguiram respondendo:
- Para salvaguardar os direitos humanos...
- Bem, que mais? - perguntava o professor.
- Para diferenciar o certo do errado, para premiar a quem faz o bem...
- Ok, não está mal, porém respondam a esta pergunta:
"Agi corretamente ao expulsar Nelson da sala de aula?"
Todos ficaram calados, ninguém respondeu.
- Quero uma resposta objetiva!
- Não! - responderam todos a uma só voz.
- Poderiam dizer-me se cometi uma injustiça?
- Sim!
- E por que ninguém fez nada a respeito? Para que queremos leis e regras se não dispomos da vontade necessária para praticá-las? Cada um de vocês tem a obrigação de reclamar quando presenciar uma injustiça. Todos. Não voltem a ficar calados, nunca mais!

Vá buscar o Nelson - Disse. Afinal, ele é o professor, eu sou aluno de outro período.
Aprendam! Quando nos omitimos a defender os nossos direitos ou de outrem, perdemos a nossa dignidade e, esta não é objeto de negociação.


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